#MomentoKIDS - Alergia a Picada de Inseto
- Climed
- 13 Abr 2022
Os insetos representam uma das classes mais numerosas do reino animal, desta forma seu o contato com os seres humanos é inevitável e a exposição as suas picadas pode provocar desde lesões imperceptíveis até reações graves. O prurigo por insetos é uma reação de hipersensibilidade a antígenos existentes na saliva de insetos, também conhecido por prurigo estrófulo ou urticária papular. Na presença de um número suficiente de picadas de insetos em indivíduos suscetíveis ocorrerá a doença que é caracterizada por uma erupção papular crônica e/ou recidivante, pruriginosa, que ocorre entre o segundo e o décimo ano de vida. É frequente nos consultórios de pediatria trazendo angústia para aos pais e desconforto para a criança.
Algumas orientações devem fazer parte do tratamento sendo recomendado em publicações os 3 P’s: Prevenção da picada, controle do Prurido e Paciência. A identificação do inseto causador das picadas é difícil e pode até mesmo ser uma das maiores dificuldades dos pais em aceitarem o diagnóstico clínico sem a realização de exames. Devido esta dificuldade os pais tendem a não realizar as medidas preventivas que poderiam beneficiar a criança. A primeira e mais importante etapa do tratamento é convencer os pais de que as lesões são decorrentes das picadas apresentando o diagnóstico através da demonstração do padrão de distribuição das lesões (aos pares ou lineares) decorrente do hábito do inseto (“café, almoço e janta”). Ressaltar o fato de que os adultos não apresentam lesões em decorrência da tolerância que ocorre próximo aos 10 anos de idade ou da falta de sensibilização em menores de 1 ano. Cabe ainda alertar que as lesões surgem alguns dias após as picadas e que a reação pode durar algumas semanas quando não tratadas adequadamente, e, ainda, que apenas um contato na semana pode ser o suficiente para manter várias lesões por vários dias. Lembrar os pais de observarem o surgimento das novas lesões nos próximos dias na tentativa de identificar o local onde ocorreu a picada e qual o inseto que está causando a reação.
Como prevenir as picadas?
1- Medidas mecânicas: mangas longas e calças compridas são sempre bem vindas quando a temperatura permitir. Roupas finas e transparentes permitem picada de inseto através das mesmas
2- Telas em janelas e portas
3- Mosquiteiros na cama: conferir se há furos ou insetos dentro antes de colocar a criança. Borrifar permetrina para aumentar eficácia. (nome comercial disponível no Brasil Exposis para uso em tecidos- durabilidade de 72 horas após cada aplicação).
4-No caso do mosquito Aedes, lembre-se que ele tem hábitos previsíveis: no nascer o pôr do sol manter janelas fechadas e evitar atividades da criança ao ar livre nesse horários. Se for o único horário disponível para brincadeiras, proteger a criança com roupas e repelentes.
5-Ambientes com ar condicionado são eficazes na prevenção.
6-Para insetos outros que não pernilongos, dedetização por empresa especializada é desejável.
7- Repelentes elétricos de tomada podem ser usados, desde que colocados próximos à janelas e portas, sendo obrigatória distância do local de sono da criança de 2 metros. Não se esqueça que crianças são muito curiosas e que podem ingerir o líquido desses protetores de forma acidental, portanto, posicione longe do alcance das mesmas.
8- A clássica recomendação de limpeza do terreno, lotes vagos, retirada de lixos e entulhos é mais do que válida e necessária.
9-Tratar animais de estimação com orientação de veterinário. Pulgas são o principal inseto a ser combatido, mas não podemos esquecer de carrapatos e outros insetos.
10- O uso de vitamina B1, a tiamina, nos meses de verão, apesar de muito propagado, ainda carece de mais estudos para sua indicação como prevenção.
11- Repelentes: usar sempre que for realizar passeios em locais sabidamente de risco para picadas de insetos, como sítios, chácaras, praias, fazendas e locais com vegetação mais abundante, como parques. Nunca utilizá-los para dormir ou por períodos prolongados.
12- Óleos naturais: são muito voláteis e protegem por pouco tempo. De todos os disponíveis, o óleo de capim limão, na concentração de 30% tem eficácia comparável ao repelente, sendo considerado o mais efetivo dentre os óleos. Todos os óleos naturais podem cursar com reações alérgicas e seu uso deve ser cuidadoso
13- Pulseiras de citronela: possuem baixa eficácia e risco de alergia local.
Qual é o tratamento?
O tempo é o melhor tratamento. À medida que a criança envelhece vai criando tolerância até os 10 anos de idade. Mas enquanto isso, para alívio dos sintomas, existem algumas opções.
1- Loção de cânfora, calamina ou mentol: alívio dos sintomas. Suspender se irritar a pele ou arder na aplicação.
2- Corticóide de média potência para uso local: conversar com o seu pediatra para receber orientações adequadas quanto ao uso. Tem como objetivo melhorar a reação local e reduzir a coceira
3- Antialérgicos orais: conversar com o seu pediatra para receber orientações adequadas quanto ao uso. Tem como objetivo reduzir a coceira.
4- Se houver sinais de infecção na lesão, como pus, mal cheiro ou vermelhidão em aumento, o uso de antibióticos se faz necessário. O pediatra deve avaliar a lesão e definir o tratamento.
5- Corte as unhas do seu filho bem curtas. Isso minimiza os problemas quando a mesma coça a picada de inseto.
Referência: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2012/12/Picadas-de-inseto-e-Repelentes-o-que-o-Pediatra-precisa-saber-2015.pdf
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